Páginas

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

The Queen's History: Useless hope

Antes de toda essa loucura começar, eu era uma garota normal. Sonhos, desejos, esperanças. A insaciável sede de conhecimento, de talento, de reconhecimento. Não sei dizer até que ponto todas essas coisas me motivaram a fazer o que fiz, até porque esses não eram meus únicos desejos - por mais fortes que fossem.
Pergunte a qualquer mulher qual é o seu mais profundo desejo e todas elas responderão a mesma coisa: ser amada. Assim, muitas esperam eternamente pelo principe encantado cheias de sonhos e esperanças, enquanto outras simplesmente perdem a capacidade de sonhar.
Eu já esperei pelo amor. Eu o encontrei. Entreguei meu corpo e minha alma a ele, acreditando que só assim seria feliz. Esperando que um dia eu finalmente sentisse que ele me amava também. Esperando que ele me olhasse no fundo dos olhos e se sentisse completo, exatamente como eu me sentia. Esperando que um dia ele percebese que já não era a gravidade que o mantinha preso ao planeta, mas sim o amor que nos mantinha presos um ao outro.
A essa altura, nem preciso dizer o quão inútil foi toda essa esperança. Aprendi a desprezar sentimentos nobres e sonhos infantis, a eliminar qualquer coisa que estivesse entre mim e meus objetivos. Aprendi a me manter calada mesmo com o coração ardendo em brasa, já que uma discussão com Dante só nos afastaria mais.
O mais difícil, porém, foi aprender que "só você me satisfaz" é totalmente diferente de "eu te amo". Pergunte a qualquer mulher a diferença entre os dois e poucas saberão responder. Tudo que sabem é que querem ser amadas e quando o "principe encantado" as faz acreditar que satisfação é amor, está tudo bem. Mas no fim do dia, bem lá no fundo, todas nós sabemos a verdade e no mais íntimo segredo esperamos que nunca deixemos de esperar.


____

Não demorei muito dessa vez!
Espero que gostem e comentem.

beijos mil ~

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

The Queen's Story: Totally mine

"Junte-se a mim e poderá ser tudo que quiser. Seja minha e o mundo será seu."
Mesmo depois de tanto tempo, essas palavras ainda ecoam em minha cabeça. Lembro-me bem da maneira como ele me convenceu. Parecia tudo tão impossível, improvável... O mundo seria meu. Se eu pudesse me ver naquele dia, veria meus olhos brilhando e o mais sincero sorriso que já brotou em meus lábios. Ele não precisaria me dar nada, absolutamente nada, se apenas ele fosse meu.
Mas não é assim que funciona com Dante, é claro. Ele pode ser absurdamente encantador, se preciso, como uma serpente. Sua voz soa como a mais bela melodia e seu sorriso é estonteante. Quando me dei conta do estrago, já era tarde demais... O mundo já era meu.
Não que eu merecesse. Tudo que tenho foi tomado a força. Por isso, me pergunto quão meu o "tudo" pode ser? Veja bem, eu matei pessoas. Isso quer dizer que suas vidas são minhas? E quanto aos que ainda vivem? Tudo que sentem foi causado por mim. Isso torna seus sentimentos meus?
Eu não compreendo. Onde termina o seu e começa o meu? Se o mundo me pertence, existe algo realmente seu para que possa ser, consequentemente, realmente meu?
Quando me lembro daquele dia e daquelas palavras, quase me arrependo. Quase. Se você provasse - pelo menos por um minuto - tudo que tenho, tudo que possuo, talvez pudesse entender. Quando se tem o poder de - literalmente - mover montanhas, acha que poderia se ver sem ele?
Talvez eu realmente possua algo, então. O poder. Eu o conquistei, com as minhas próprias mãos. Mas de que adiantou, no final? O único que eu sempre desejei que fosse verdadeiramente meu jamais o será. E eu, que possuo o mundo, serei eternamente dele.


____

Hey ppl!
Eu tava deitada, pronta pra dormir e aí PUFF! Veio a inspiração que eu buscava há tanto tempo. *-*
Esse cap é dedicado ao Maurício, meu primo lindo do coração que me pediu que eu escrevesse algo sobre posse... Bem, tá aí, primo. Espero que você (e todo mundo, claro) goste. ♥
Então é isso!

beijos mil ~